Green Jobs e a Pandemia do Covid-19

Falar sobre trabalho nos tempos de Pandemia se faz necessário e é sempre pertinente. Principalmente quando se olha para profissionais ou trabalhadores sem uma função definida ou que atuam em áreas que beiram a extinção, pelos mais diversos motivos.

É neste contexto que entram os Green Jobs, que contribuem na preservação e restauração do meio ambiente. São profissões nas mais diversas áreas, tradicionais ou emergentes. Também postos de trabalho e profissões criadas em decorrência da implementação de planos de mitigação e

adaptação às mudanças climáticas ou promotores de questões ambientais.

O cenário, portanto,apresenta um novo modelo baseado em inovação, impulsionamento ao desenvolvimento de tecnologias e preservação do meio ambiente. A Organização Internacional do Trabalho avalia esse modelo como“primordial para o desenvolvimento sustentável e a resposta aos desafios globais da proteção ao meio ambiente, desenvolvimento econômico e inclusão social”.

Entre as muitas atividades citamos projetos de energia eólica e solar, agronomia, como produção sem agrotóxico e fazendas urbanas, reciclagem, tratamento de água, entre outras.

Outro aspecto trata do desenvolvimento de atividades manuais e cognitivas humanas, pois estes postos de trabalho se revestem de certa “proteção” quanto a uma possível substituição por máquinas ou outras ferramentas. Indiretamente, mas de forma muito similar, tal proteção atende à demanda Constitucional Brasileira de “proteção em face da automação”, prevista no art. 7º, inciso XXVII, da Carta Magna 21, ainda pendente de regulamentação, conforme demanda seu texto.

Os green jobs, portanto, surgem como uma importante alternativa de atividade laboral observados dois fenômenos contemporâneos inevitáveis, e que certamente persistirão nos próximos séculos: o avanço exponencial da tecnologia, as mudanças climáticas e até aspectos sanitários como o que vivemos hoje, onde muitos profissionais têm a possibilidade do home office.